| |
|
| |
Editorial do mês |
| |
A dor silenciosa - como o câncer de
próstata transforma a vida dos homens
Rebeca
Dias dos Santos * e Gabriele de Abreu Barreto **
O câncer de
próstata é um tumor que se forma na glândula
prostática, um pequeno órgão situado logo
abaixo da bexiga, responsável por produzir
parte do fluido que compõe o sêmen. Em
muitos casos, esse tipo de câncer cresce
lentamente e pode permanecer sem sintomas
por um longo período. No entanto, em alguns
pacientes, ele pode evoluir de maneira mais
agressiva e se disseminar para outras partes
do corpo, como ossos e linfonodos, causando
complicações mais graves1.
Segundo a
Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), o
câncer de próstata é o 4º câncer mais
frequente no mundo, e no Brasil, é o 2º
câncer mais frequente entre os homens. De
acordo com estimativas do Instituto Nacional
de Câncer (INCA) para o triênio 2023-2025, o
câncer de próstata deve registrar 72 mil
novos casos anuais no Brasil, o que equivale
a cerca de 29% de todos os tumores que
acometem homens, excluindo os casos de pele
não melanoma. Esses números o colocam em
posição de destaque tanto em incidência
quanto em mortalidade, evidenciando a
importância de estratégias de prevenção e
detecção precoce2,3.
Com o objetivo
de promover melhora na saúde da população
masculina e reduzir a morbidade e
mortalidade dessa população, foi instituída
por meio da portaria GM/MS nº 1.944, de 27
de agosto de 2009, a Política Nacional de
Atenção Integral à Saúde do Homem (PNAISH)
que se apoia em cinco eixos temáticos:
acesso às ações de saúde e acolhimento da
população masculina nos serviços de saúde;
sexualidade responsável e planejamento
familiar; paternidade e cuidado; prevenção
de violências e acidentes; e, doenças
prevalentes na população masculina, onde
busca o fortalecimento da atenção primária
no cuidado à saúde dos homens para que
tenham ajuda no enfrentamento de fatores de
risco associados às suas doenças
prevalentes3, 4, 5.
Os fatores de
risco para o desenvolvimento de câncer de
próstata são categorizados em genéticos,
ambientais e relacionados ao estilo de vida.
Estudos de hereditariedade estimam que 30%
do risco de câncer de próstata pode ser
atribuído a fatores genéticos, devido a
polimorfismos de nucleotídeos únicos (SNPs).
O histórico familiar, portanto, é um
importante fator de risco. A idade também se
destaca: homens acima de 50 anos possuem
maior probabilidade de desenvolver o câncer.
Em relação ao estilo de vida, a alimentação
saudável influencia diretamente, pois o
consumo de alimentos gordurosos tem sido
associado a um risco aumentado de formas
agressivas de câncer de próstata6, 7, 8, 9,
10, 11, 12.
Por ser um
câncer de diagnóstico complexo, o Instituto
Lado a Lado pela Vida iniciou em 2011 a
campanha “Novembro Azul” para alertar sobre
a importância do diagnóstico precoce do
câncer de próstata e sobre os cuidados
básicos que todo homem precisa realizar para
manter sua saúde em dia13. Esses cuidados
incluem verificar a pressão arterial, fazer
hemograma completo, dosagem de glicemia e
colesterol, exame do Antígeno Prostático
Específico (PSA), teste de urina, avaliação
do perímetro abdominal e do Índice de Massa
Corporal (IMC) e, principalmente, o exame da
próstata. Devido ao preconceito que cerca
esse último exame, o câncer de próstata
muitas vezes só é detectado em fase
avançada, resultando em alta taxa de
mortalidade. No entanto, quando
diagnosticado em estágio inicial, apresenta
boa taxa de remissão14.
Antes de dar
início a quimioterapia (terapia que usa
medicamentos para destruir as células
cancerígenas), pode-se tentar a remissão do
câncer de próstata com terapias hormonais
como a terapia de privação de androgênio (ADT
- androgen deprivation therapy, do inglês)
ou com a terapia androgênica bipolar (BAT -
bipolar androgen therapy, do inglês). A ADT
consiste na redução dos níveis hormonais
masculinos, particularmente a testosterona,
que está envolvida no crescimento das
células do câncer de próstata. Para fazer
essa redução, pode-se fazer a remoção dos
testículos por meio da orquiectomia
bilateral, uso de agonistas ou antagonistas
do hormônio liberador de gonadotrofina (GnRH)
e uso de antagonistas do receptor de
androgênio. Porém, o uso frequente por
pacientes que fazem uso da ADT pode trazer
complicações cardíacas, síndrome metabólica
e diminuição da qualidade de vida devido a
sintomas como fadiga e depressão. Com o
intuito de minimizar esses eventos adversos
e combater o câncer de próstata resistente à
orquiectomia bilateral, surge a BAT como uma
forma alternativa de combater o câncer de
próstata pois, essa terapia alterna entre
níveis altos e baixos da testosterona,
explorando as respostas adaptativas do
câncer de próstata15,16, 17, 18, 19.
Quando o
câncer de próstata avançado não responde às
abordagens hormonais, costuma-se recorrer à
quimioterapia, sendo o docetaxel uma das
opções iniciais para tumores metastáticos.
Esse taxano interrompe a divisão celular. Se
a doença progredir mesmo após o uso do
docetaxel, pode-se empregar outro taxano, o
cabazitaxel. Em casos de metástases ósseas
dolorosas, radiofármacos, como o rádio-223,
ajudam a controlar a dor e retardar
complicações relacionadas ao esqueleto,
enquanto medicações como o ácido zoledrônico
e denosumabe evitam a perda de massa óssea e
reduzem a ocorrência de fraturas20, 21.
Com incidência
entre 70% e 90%, a dor do câncer é um dos
principais sintomas em pacientes com câncer
avançado. Em estágio inicial, a dor costuma
ser localizada, gerando um leve desconforto
na região pélvica ou lombar, que nem sempre
é associada ao câncer, o que pode atrasar o
diagnóstico. Também pode haver dor ao
urinar, comumente confundida com hiperplasia
prostática benigna (HPB). Em casos raros,
podem ocorrer dores retais ou no quadril,
levando a diagnósticos incorretos e a
tratamentos tardios14, 22, 23, 24. Pacientes
que são submetidos a prostatectomia podem
experimentar dor pós-operatória, que pode
variar de leve a intensa, dependendo da
extensão do procedimento cirúrgico e da
presença de complicações. Além disso, alguns
pacientes relatam dor neuropática
persistente, resultante de lesão nos nervos
durante a cirurgia, podendo evoluir para um
quadro de dor crônica pós-prostatectomia.
Estratégias de manejo incluem o uso de
analgésicos opioides e não opioides,
bloqueios nervosos e fisioterapia para
reduzir o impacto da dor na qualidade de
vida do paciente25, 26.
O controle da
dor é essencial para a qualidade de vida. Em
geral, inicia-se com analgésicos simples (paracetamol,
dipirona) associados a anti-inflamatórios
não esteroides (AINEs), como ibuprofeno ou
diclofenaco, em casos leves a moderados. Se
a dor persistir ou se agravar, utilizam-se
opioides (morfina, fentanil, oxicodona) e
fármacos para dor neuropática (gabapentina,
pregabalina). Esse escalonamento segue
diretrizes nacionais e internacionais,
permitindo ajustes segundo a intensidade da
dor e a resposta do paciente. Em certos
casos de câncer, são necessárias doses
elevadas de anestésicos para alívio
prolongado, mas o uso prolongado pode
estimular a angiogênese tumoral, facilitar
metástases e causar reações adversas, como
redução da sensibilidade vertigem, vômito e
desconforto gástrico22, 27, 28, 29.
O impacto
físico do câncer de próstata e seus
tratamentos frequentemente se soma a
alterações emocionais significativas. Muitos
pacientes relatam ansiedade, depressão e
problemas de autoestima diante do
diagnóstico, especialmente quando há mudança
na vida sexual ou na rotina diária. Por
isso, o cuidado psicológico, a participação
em grupos de apoio e a atenção
multidisciplinar são tão importantes para
assegurar boa adesão ao tratamento e melhor
qualidade de vida30, 31, 32.
Assim, por
conta da complexidade de pacientes com
câncer de próstata, é preciso uma rede de
profissionais da saúde para que possam
tratar não apenas a doença, mas todos os
desafios psicológicos e emocionais que a
envolvem. Uma equipe multiprofissional é
essencial para o desenvolvimento de planos
individualizados de gerenciamento de dor que
podem envolver intervenções farmacológicas
ou não farmacológicas, como fisioterapia e
suporte psicológico. Essa equipe precisa
estar centrada no paciente para monitorar os
níveis de sua dor e avaliar a eficácia do
tratamento33,34,35. Quando em estágio
terminal, esses pacientes precisam ainda
mais do suporte médico para melhorar sua
qualidade de vida. O estudo de Ramchandran
et al.36 destacou a importância dos cuidados
paliativos juntamente com os cuidados
oncológicos, observando uma melhora
significativa no controle da dor e do
bem-estar dos pacientes. Em relação à saúde
mental, o trabalho de Gerhart et al.37
mostrou que os pacientes ficaram mais
satisfeitos com seus cuidados e apresentaram
melhores resultados gerais de saúde mental
quando receberam cuidados paliativos
abrangentes (suporte emocional).
O cuidado com
o câncer de próstata costuma envolver uma
equipe multidisciplinar, que reúne
urologistas, oncologistas, enfermeiros,
fisioterapeutas, nutricionistas, psicólogos
e assistentes sociais. Esse tipo de
abordagem do câncer de próstata engloba os
aspectos físicos e emocionais e fornece
suporte tanto ao paciente quanto à sua
família, para que o homem diagnosticado com
câncer de próstata tenha a melhor qualidade
de vida possível durante e após o
tratamento.
Referências:
-
Attard G,
Parker C, Eeles RA, et al. Prostate
cancer. Lancet. 2016;387(10013):70-82.
doi:10.1016/S0140-6736(14)61947-4
-
Brasil.
Instituto Nacional do Câncer (INCA).
INCA estima 704 mil casos de câncer por
ano no Brasil até 2025. 2022. Disponível
em: < https://www.gov.br/inca/pt-br/assuntos/noticias/2022/inca-estima-704-mil-casos-de-cancer-por-ano-no-brasil-ate-2025>.
Acesso em: 15 de jan. 2025.
-
Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS).
Câncer. Organização Mundial da Saúde,
[s.d.]. Disponível em: <https://www.paho.org/pt/topicos/cancer#:~:text=pr%C3%B3stata%20(1%2C28%20milh%C3%A3o%20de%20casos)>.
Acesso em: 16 jan. 2025.
-
Brasil.
Ministério da Saúde. Gabinete do
Ministro. Portaria nº 3.562, de 12 de
dezembro de 2021. Brasília, 2021.
Disponível em: <https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2021/prt3562_15_12_2021.html#:~:text=%C2%A7%201%C2%BA%20A%20avalia%C3%A7%C3%A3o%20e,saude/pt%2Dbr%22.>.
Acesso em: 16 jan. 2025.
-
Pereira,
J., Klein, C., & Meyer, D. E.. (2019).
PNAISH: uma análise de sua dimensão
educativa na perspectiva de gênero.
Saúde E Sociedade, 28(2), 132–146.
https://doi.org/10.1590/S0104-12902019170836
-
Tindall,
E. A., Bornman, M. R., Van Zyl, S.,
Segone, A. M., Monare, L. R., Venter, P.
A., & Hayes, V. M. (2013). Addressing
the contribution of previously described
genetic and epidemiological risk factors
associated with increased prostate
cancer risk and aggressive disease
within men from South Africa. Bmc
Urology, 13, 1-12.
https://doi.org/10.1186/1471-2490-13-74
-
Hjelmborg,
J. B., Scheike, T., Holst, K., Skytthe,
A., Penney, K. L., Graff, R. E., ... &
Mucci, L. A. (2014). The heritability of
prostate cancer in the Nordic Twin Study
of Cancer. Cancer Epidemiology,
Biomarkers & Prevention, 23(11),
2303-2310.
https://doi.org/10.1158/1055-9965.EPI-13-0568
-
Perez-Cornago, A., Appleby, P. N.,
Pischon, T., Tsilidis, K. K., Tjønneland,
A., Olsen, A., Overvad, K., Kaaks, R.,
Kühn, T., Boeing, H., Steffen, A.,
Trichopoulou, A., Lagiou, P., Kritikou,
M., Krogh, V., Palli, D., Sacerdote, C.,
Tumino, R., Bueno-de-Mesquita, H. B.,
Agudo, A., … Travis, R. C. (2017). Tall
height and obesity are associated with
an increased risk of aggressive prostate
cancer: results from the EPIC cohort
study. BMC medicine, 15(1), 115.
https://doi.org/10.1186/s12916-017-0876-7
-
Pernar, C.
H., Ebot, E. M., Wilson, K. M., & Mucci,
L. A. (2018). The Epidemiology of
Prostate Cancer. Cold Spring Harbor
perspectives in medicine, 8(12),
a030361.
https://doi.org/10.1101/cshperspect.a030361
-
Wang, Y.,
Li, X., Liu, W., Li, B., Chen, D., Hu,
F., ... & Liu, R. (2019). MicroRNA-1205,
encoded on chromosome 8q24, targets
EGLN3 to induce cell growth and
contributes to risk of
castration-resistant prostate cancer.
Oncogene, 38(24), 4820-4834.
https://doi.org/10.1038/s41388-019-0760-3
-
Hurwitz,
L. M., Yeboah, E. D., Biritwum, R. B.,
Tettey, Y., Adjei, A. A., Mensah, J. E.,
Tay, E., Okyne, V., Truelove, A., Kelly,
S. P., Zhou, C. K., Butler, E. N.,
Hoover, R. N., Hsing, A. W., & Cook, M.
B. (2020). Overall and abdominal obesity
and prostate cancer risk in a West
African population: An analysis of the
Ghana Prostate Study. International
journal of cancer, 147(10), 2669–2676.
https://doi.org/10.1002/ijc.33026
-
Huynh-Le,
M. P., Karunamuni, R., Fan, C. C.,
Thompson, W. K., Muir, K., Lophatananon,
A., Tye, K., Wolk, A., Håkansson, N.,
Mills, I. G., Andreassen, O. A., Dale,
A. M., Seibert, T. M., & PRACTICAL
Consortium (2021). Common genetic and
clinical risk factors: association with
fatal prostate cancer in the Cohort of
Swedish Men. Prostate cancer and
prostatic diseases, 24(3), 845–851.
https://doi.org/10.1038/s41391-021-00341-4
-
Biblioteca
Virtual em Saúde (BVS). Novembro Azul -
Mês de conscientização sobre a saúde do
homem. Ministério da Saúde, [s.d.].
Disponível em: <https://bvsms.saude.gov.br/novembro-azul-mes-de-conscientizacao-sobre-a-saude-do-homem/>.
Acesso em: 16 jan. 2025.
-
Salman, M.
R. J., & Jalal, A. H. (2023). Efficacy
of early screening for prostate cancer
in an elderly patient with absence of
urinary symptoms but a manifestation of
a rare symptom: a case report.
International Journal of Community
Medicine and Public Health, 10(1), 316.
https://doi.org/10.18203/2394-6040.ijcmph20223268
-
Teply, B.
A., Wang, H., Luber, B., Sullivan, R.,
Rifkind, I., Bruns, A., Spitz, A.,
DeCarli, M., Sinibaldi, V., Pratz, C.
F., Lu, C., Silberstein, J. L., Luo, J.,
Schweizer, M. T., Drake, C. G., Carducci,
M. A., Paller, C. J., Antonarakis, E.
S., Eisenberger, M. A., & Denmeade, S.
R. (2018). Bipolar androgen therapy in
men with metastatic castration-resistant
prostate cancer after progression on
enzalutamide: an open-label, phase 2,
multicohort study. The Lancet. Oncology,
19(1), 76–86.
https://doi.org/10.1016/S1470-2045(17)30906-3
-
Crawford,
E. D., Heidenreich, A., Lawrentschuk,
N., Tombal, B., Pompeo, A. C. L.,
Mendoza-Valdes, A., Miller, K., Debruyne,
F. M. J., & Klotz, L. (2019).
Androgen-targeted therapy in men with
prostate cancer: evolving practice and
future considerations. Prostate cancer
and prostatic diseases, 22(1), 24–38.
https://doi.org/10.1038/s41391-018-0079-0
-
Toohey,
K., Hunter, M., Paterson, C., Mortazavi,
R., & Singh, B. (2022). Exercise
Adherence in Men with Prostate Cancer
Undergoing Androgen Deprivation Therapy:
A Systematic Review and Meta-Analysis.
Cancers, 14(10), 2452.
https://doi.org/10.3390/cancers14102452
-
Denmeade,
S., Antonarakis, E. S., & Markowski, M.
C. (2022). Bipolar androgen therapy (BAT):
A patient's guide. The Prostate, 82(7),
753–762.
https://doi.org/10.1002/pros.24328
-
Attard,
G., Murphy, L., Clarke, N. W., Cross,
W., Jones, R. J., Parker, C. C.,
Gillessen, S., Cook, A., Brawley, C.,
Amos, C. L., Atako, N., Pugh, C.,
Buckner, M., Chowdhury, S., Malik, Z.,
Russell, J. M., Gilson, C., Rush, H.,
Bowen, J., Lydon, A., … Systemic Therapy
in Advancing or Metastatic Prostate
cancer: Evaluation of Drug Efficacy (STAMPEDE)
investigators (2022). Abiraterone
acetate and prednisolone with or without
enzalutamide for high-risk
non-metastatic prostate cancer: a
meta-analysis of primary results from
two randomised controlled phase 3 trials
of the STAMPEDE platform protocol.
Lancet (London, England), 399(10323),
447–460.
https://doi.org/10.1016/S0140-6736(21)02437-5
-
Parker C,
Castro E, Fizazi K, et al. Prostate
cancer: ESMO Clinical Practice
Guidelines for diagnosis, treatment and
follow-up. Ann Oncol.
2020;31(9):1119-1127. doi:10.1016/j.annonc.2020.06.011
-
Minato A,
Furubayashi N, Tomoda T, et al.
Organ-specific tumor response to
enfortumab vedotin for metastatic
urothelial carcinoma: A multicenter
retrospective study. Clin Genitourin
Cancer. 2024;22(5):102148. doi:10.1016/j.clgc.2024.102148
Attard G, Parker C, Eeles RA, et al.
Prostate cancer. Lancet.
2016;387(10013):70-82.
https://doi:10.1016/S0140-6736(14)61947-4
-
Lei, Y.,
Duan, Y., Wang, J., Yu, X., Deng, S.,
Liu, R., Si, H., Li, J., & Zhang, B.
(2020). A randomized controlled trial
for acupuncture combined with
conventional therapy in the treatment of
pain caused by prostate cancer: Study
protocol clinical trial (SPIRIT
compliant). Medicine, 99(14), e19609.
https://doi.org/10.1097/MD.0000000000019609
-
Sui, X.,
Hu, Y., Zhang, C., Pan, H., & Li, D.
(2016). Prostate cancer metastasis to
the distal phalanx of the left hallux:
The first confirmed case and literature
review. Oncology letters, 12(2),
1074–1078.
https://doi.org/10.3892/ol.2016.4701
-
Chu, E. C.
P., & Lee, W. T. (2023). Prostate cancer
presenting as hip pain at the
chiropractic office: a case report and
literature review. Cureus, 15(1).
https://doi.org/10.7759/cureus.34049
-
Beilstein
CM, Huber M, Furrer MA, Löffel LM,
Wuethrich PY, Engel D. Impact of
analgesic techniques on early quality of
recovery after prostatectomy: A 3-arm,
randomized trial. Eur J Pain.
2022;26(10):1990-2002. doi:10.1002/ejp.2020.
-
Lemoine A,
Witdouck A, Beloeil H, Bonnet F; On
Behalf Of The PROSPECT Working Group Of
The European Society Of Regional
Anaesthesia And Pain Therapy (ESRA).
PROSPECT guidelines update for
evidence-based pain management after
prostatectomy for cancer. Anaesth Crit
Care Pain Med. 2021;40(4):100922. doi:10.1016/j.accpm.20
-
Rosa WE,
Chittams J, Riegel B, Ulrich CM, Meghani
SH. Patient trade-offs related to
analgesic use for cancer pain: A MaxDiff
analysis study. Pain Manag Nurs.
2020;21(3):245-254.
https://doi:10.1016/j.pmn.2019.07.013
-
Johnson,
M. J., Huang, C., Chen, H., Jones, L., &
Twiddy, M. (2024). Prostate cancer:
unmet supportive and palliative care
needs: national survey of patients and
family carers. BMJ supportive &
palliative care, 14(3), 317–325.
https://doi.org/10.1136/bmjspcare-2021-003438
-
Song, Y.,
Fang, X., Gao, L., & Zhao, Q. (2024).
Supportive Psychotherapy Combined with
Analgesic Management can Effectively
Improve Pain and Quality of Life in
Patients with Advanced Prostate Cancer:
A Retrospective Study. Archivos
espanoles de urologia, 77(6), 695–702.
https://doi.org/10.56434/j.arch.esp.urol.20247706.921.100922.
-
Galvão DA,
Newton RU, Chambers SK, Spry N, Joseph
D, Gardiner RA, Fairman CM, Taaffe DR.
Psychological distress in men with
prostate cancer undertaking androgen
deprivation therapy: modifying effects
of exercise from a year-long randomized
controlled trial. Prostate Cancer
Prostatic Dis. 2020;24(3):758-766.
https://doi:10.1038/s41391-021-00327-2
-
Shrestha,
S., Sapkota, S., Teoh, S. L., Kc, B.,
Paudyal, V., Lee, S. W. H., & Gan, S. H.
(2024). Comprehensive assessment of pain
characteristics, quality of life, and
pain management in cancer patients: a
multi-center cross-sectional study.
Quality of life research: an
international journal of quality of life
aspects of treatment, care and
rehabilitation, 33(10), 2755–2771.
https://doi.org/10.1007/s11136-024-03725-w
-
Martín-Núñez
J, Heredia-Ciuró A, Valenza-Peña G,
Granados-Santiago M,
Hernández-Hernández S, Ortiz-Rubio A,
Valenza MC. Systematic review of
self-management programs for prostate
cancer patients: a quality of life and
self-efficacy meta-analysis. Patient
Educ Couns. 2023;107:107583.
https://doi:10.1016/j.pec.2022.107583
-
Bader, P.,
Echtle, D., Fonteyne, V., Livadas, K.,
De Meerleer, G., Paez Borda, A.,
Papaioannou, E. G., & Vranken, J. H.
(2012). Prostate cancer pain management:
EAU guidelines on pain management. World
journal of urology, 30(5), 677–686.
https://doi.org/10.1007/s00345-012-0825-1
-
Body, J.
J., von Moos, R., Rider, A., Hallworth,
P., Bhowmik, D., Gatta, F., Hechmati,
G., & Qian, Y. (2018). A real-world
study assessing the use of bone-targeted
agents and their impact on bone
metastases in patients with prostate
cancer treated in clinical practice in
Europe. Journal of bone oncology, 14,
100212.
https://doi.org/10.1016/j.jbo.2018.100212
-
Remziye,
C. I. C. I., YILMAZEL, G., & AYAZ, N. P.
(2023). Loneliness and depression levels
as risk factors of pain in geriatric
prostate cancer patients. Universa
Medicina, 42(3), 294-302.
https://doi.org/10.18051/UnivMed.2023.v42.294-302
-
Ramchandran, K., Tribett, E., Dietrich,
B., & Von Roenn, J. (2015). Integrating
Palliative Care Into Oncology: A Way
Forward. Cancer control: journal of the
Moffitt Cancer Center, 22(4), 386–395.
https://doi.org/10.1177/107327481502200404
-
Gerhart,
J., Asvat, Y., Lattie, E., O'Mahony, S.,
Duberstein, P., & Hoerger, M. (2016).
Distress, delay of gratification and
preference for palliative care in men
with prostate cancer. Psycho-oncology,
25(1), 91–96. https://doi.org/10.1002/pon.3822
* Aluna de
mestrado da disciplina da Pós-Graduação -
UnB - DF
** Aluna de doutorado da disciplina de
Pós-Graduação - UFBA - BA
|
|
|
|