Luana Júlia Faria Gonçalves
A dor crônica
tem sido reconhecida como uma experiência
não apenas física, mas também psicossocial,
podendo estar relacionada à imagem corporal,
sexo ou gênero. Em 2024, pesquisadores da
Universidade de Toronto, no Canadá,
realizaram uma revisão tópica com o objetivo
de desenvolver uma compreensão mais
aprofundada sobre como a dor crônica pode
ser modulada por esses fatores. A partir da
análise interpretativa do estudo, conclui-se
que há uma correlação entre essas
características e a dor crônica, podendo
influenciar a forma como o indivíduo busca
suporte para o tratamento. Sendo assim, é
necessário adotar uma abordagem
personalizada para cada caso, que leve em
consideração o entendimento da dor crônica
em conjunto com as características
biológicas, psicológicas e sociais.
Um dos
critérios de inclusão era que os artigos
escolhidos deveriam fornecer uma visão geral
sobre dor e imagem corporal, sendo a imagem
corporal definida como aquela que criamos em
nossas mentes sobre como é o nosso corpo e
nossa aparência. Após essa seleção, foi
feita uma discussão detalhada de cada artigo
sobre como a imagem corporal, o sexo e o
gênero poderiam se relacionar com a dor
crônica. O artigo relata que pessoas com
fibromialgia, que possuem um aumento da
insatisfação corporal, podem ter uma maior
intensidade na dor da fibromialgia.
Referência:
Kaya B, Boerner KE, Lord RC, Potter E, Dale
C, Moayedi M. Body image, sex, gender, and
pain: towards an improved understanding of
pain mechanisms. Pain.
2024;165(12):2673-2678. doi:10.1097/j.pain.0000000000003309