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Testes para reações automáticas destacam
impactos na vida de pessoas com osteoartrite
dolorosa no joelho
Júlia Paiva Fideles
Em um estudo australiano, pessoas com osteoartrite e dor no joelho, associaram ilustrações de movimentos na região como algo negativo em comparação aos indivíduos sem dor nos membros inferiores. Esse tipo de avaliação pode ser importante para observar reações automáticas, diferenciando-se dos autorrelatos – que dependem de respostas conscientes. O estudo evidenciou que indivíduos com osteoartrite dolorosa no joelho associaram mais os movimentos com noções de perigo, podendo impactar no cotidiano de suas vidas. É válido destacar que dados da amostra, como a etnia, não foram observados, limitando a representatividade. Apesar disso, o teste desenvolvido pode ser feito em conjunto com autorrelatados, auxiliando em observações detalhadas para uma visão mais ampla da pessoa que está sendo avaliada.
A pesquisa recrutou participantes entre 20 de outubro de 2021 e 20 de outubro de 2022 e buscou desenvolver um teste de reação implícita. Na triagem, foram excluídas pessoas com menos de 18 anos ou relato de diagnóstico de comprometimento cognitivo. A mostra final apresentou 223 pessoas com osteoartrite dolorosa, 207 sem algia e 99 tinham dor nos membros inferiores sem a osteoartrite. Dados demográficos foram coletados, como a data de nascimento, sexo, o maior nível de escolaridade concluído, questão financeira e país de residência. Também preencheram questionários de autorrelatos, como suas percepções sobre a dor, exercícios/atividades, comorbidades e complicações da osteoartrite. Após isso, os pesquisadores aplicaram o teste em computadores, oferecendo escala de 0 a 10 (de nada perigoso até o maior perigo imaginável).
Referência: Pulling BW, Braithwaite FA, Mignone J, et al. People with painful knee osteoarthritis hold negative implicit attitudes towards activity. Pain. 2024;165(9):2024-2034. doi:10.1097/j.pain.0000000000003210 |