A dor é uma experiência subjetiva de
complexa avaliação e gerenciamento. Por
isso, faz-se necessário que o enfermeiro
tenha conhecimento da fisiologia, avaliação,
tratamento e repercussão no paciente. A
dificuldade da equipe de enfermagem em
avaliar a dor faz surgir a necessidade de
avaliar os fatores relacionados, podendo ser
um deles a limitação de conhecimento durante
a formação.
Um estudo, desenvolvido em uma instituição
privada de ensino superior de Aracaju/SE,
analisou o conhecimento dos acadêmicos de
enfermagem sobre a avaliação da dor.
Participaram do estudo 169 formandos. Como
resultado, ficou comprovado que: conhecem
alguma escala de avaliação de dor, mas
maioria conhece apenas uma; utilizam artigos
científicos para buscar conhecimento sobre
métodos de avaliação da dor; a média de
acertos de um questionário, para avaliação
do conhecimento, foi de pouco mais da metade
do total das questões; ter formação técnica
ou trabalhar na área de enfermagem não
interferiu no nível de conhecimento; por
outro lado aqueles que afirmaram já ter
utilizado alguma escala para avaliação da
dor apresentaram diferenças significativas
na média de acertos.
Os formandos de enfermagem podem ter
dificuldades em escolher a escala mais
adequada para cada idade, e boa parte dos
futuros profissionais possuem deficiências
no conhecimento básico da etapa fundamental
para o manuseio da dor. O estudo sugere que
a prática assistencial no contexto da
graduação promove uma aquisição
significativa de conhecimento, sendo essa
uma importante ferramenta para contornar o
déficit de conhecimento teórico que pode
resultar em prejuízo assistencial.
Referência: Santos AF, Machado RR, Ribeiro
CJN, Mendes NJM, Ribeiro MCO, Menezes MGV.
Nursing students’ knowledge about pain
assessment. BrJP. 2018; 1(4): 325-330.