Emanuelle Lorraine Nolêto das Neves
A dismenorreia
com intensidade de dor moderada a severa
apresenta alta prevalência entre
universitárias. Uma pesquisa brasileira
realizada em 2022 com 78 estudantes do curso
de enfermagem da Universidade Estadual de
Goiás revelou que mais de 80% relataram
cólicas menstruais de intensidade moderada a
intensa. O estudo teve como objetivo estimar
essa prevalência e investigar sua relação
com o absenteísmo escolar.
De caráter
descritivo, o estudo utilizou um
questionário estruturado com questões
objetivas que abordavam dados
sociodemográficos, características do ciclo
menstrual, presença de dismenorreia e
sintomas associados, uso de medicamentos
para alívio da dor, absenteísmo escolar e
conhecimento sobre a condição. Como achado
secundário, observou-se que, apesar da
intensidade da dor, o índice de ausência nas
aulas foi baixo, possivelmente devido ao uso
frequente de analgésicos.
A cólica
menstrual é altamente prevalente entre
estudantes universitárias, com intensidade
variando principalmente entre moderada e
severa. O estudo destaca a importância de
reconhecer o impacto da dismenorreia na
qualidade de vida e no desempenho acadêmico
das mulheres em idade reprodutiva. No
entanto, uma limitação importante é o
tamanho reduzido da amostra, o que pode
restringir a generalização dos resultados.
Referências:
Arcaminho, AKF, Nascimento, LC, Dias JW.
Prevalence of dysmenorrhea in university
students and its relationship with school
absenteeism. Revista Ibero-Americana De
Humanidades, Ciências E Educação. 2023;
9:12555. Published 2023 Dez 13. doi.org/10.51891/rease.v9i11.12555