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Alerta da edição mensal

 

 

A cetamina como fármaco adjuvante no tratamento da dor crônica

Maria Clara Alexandroni Cordova de Sousa

 

Um grupo de estudos da Universidade Tiradentes, em Sergipe, no Brasil, realizou uma revisão integrativa sobre a utilização da cetamina em pacientes com dor crônica e seu impacto na epidemia do uso de opioides, entre agosto e outubro de 2022. Os principais achados do estudo foram os benefícios comprovados do uso da cetamina em pacientes com dor crônica neuropática e com hiperalgesia induzida por opioides. Para a revisão, foram utilizados 16 estudos publicados entre 2017 e 2022, de variados idiomas, contendo as palavras-chave “cetamina e dor crônica”, “opioides e efeitos adversos”, entre outras.

 

A cetamina é um antagonista do receptor N-metil-D-aspartato (NMDA) para glutamato. Portanto ocupa os receptores impedindo que outros ligantes possam se ligar, evitando seus efeitos. Assim o fármaco possui efeito anestésico geral e analgésico. O estudo trouxe evidências de que a cetamina auxilia no tratamento da hiperalgesia induzida por opioides, que é um dos principais efeitos adversos destes fármacos, causado pelo aumento da dose por tempo prolongado.

 

Os dados reunidos acerca dos efeitos da cetamina na revisão são relevantes principalmente para o tratamento de dor neuropática, quando associado ao uso de opioides. Espera-se manter o efeito terapêutico desejado evitando as altas dosagens de opioides e consequentemente, evitando a maior parte dos efeitos indesejados.

 

Referência: Lima, JVS, DF Silva, LF Linhares, MA Menezes e CCP de Faro. “Os benefícios Do Uso Da Cetamina Em Pacientes Com Dor Crônica, Na Atual Crise Do Abuso De Opioides”. Revista Brasileira de Revisão de Saúde, vol. 6, n. 2855-70, doi:10.34119/bjhrv6n1-224.

 

Alerta submetido em 25/08/2023 e aceito em 14/09/2023.