Pesquisadores
da Austrália, publicaram em novembro de 2019
um estudo documental com ênfase nas
diretrizes e recomendações da prática
clínica, apontando a relevância de 21
indicadores da qualidade assistencial para
atendimento de crianças com dor abdominal
aguda. Os indicadores foram divididos em
três abordagens: história, exame físico e
imagem. O estudo mostrou que houve variação
considerável nos cuidados entre os grupos de
indicadores, sendo uma adesão baixa dos
profissionais para história e exame, e alta
para imagem. Foram ainda identificadas
lacunas na adesão geral dos indicadores,
apontando a necessidade de maior
conscientização dos profissionais sobre a
importância do exame físico completo e
avaliação dos sinais vitais, a fim de evitar
diagnósticos errôneos de condições graves
associadas a dor abdominal aguda pediátrica.
Desta forma, o
estudo validou indicadores de qualidade no
atendimento de dor abdominal em crianças,
que podem auxiliar no estabelecimento de um
protocolo simples que pode ser implementado
no sistema público de saúde, melhorando a
qualidade do atendimento e reduzindo gastos
evitáveis em saúde. Além disso, um protocolo
adequado, pode evitar a realização de exames
de imagem desnecessários, reduzindo os
riscos potenciais da radiação ionizante.
Referências:
Zurynski Y, Churruca K, Arnolda G, et al.
Quality of care for acute abdominal pain in
children. BMJ Qual Saf 2020; 29: 509–516.
http://dx.doi.org/10.1136/ bmjqs-2019-010088.
Alerta
submetido em 20/05/2022 e aceito em
20/05/2022.