Um estudo
qualitativo descritivo realizado em
Florianópolis, Santa Catarina, analisou as
barreiras e facilitadores para adesão à
prática de exercícios físicos por pessoas
com dor crônica na Atenção Primária à Saúde.
Os pesquisadores entrevistaram 16
participantes que estavam em acompanhamento
nos grupos destinados ao manejo da dor
crônica. Ademais, identificou-se a
importância de conhecer tais parâmetros para
desenvolver estratégias que promovam o
engajamento destas pessoas em programas de
exercícios físicos para o controle da dor.
O estudo
verificou que a adesão à prática de
exercícios por pessoas com dor crônica está
diretamente relacionada à percepção dos
resultados positivos obtidos com uma prática
regular de exercícios, ao acompanhamento
profissional, ao prazer na atividade física
e ao grupo de exercício como apoio social.
Em contrapartida, as principais barreiras
percebidas foram a exacerbação da dor, o
medo de lesão e a condição financeira. Não
obstante, observou-se que o ambiente físico
e as demandas diárias podem ser favoráveis
ou não à realização de atividades físicas.
Os resultados
ressaltam que os desafios enfrentados na
adesão regular aos exercícios devem ser
minimizados, por meio da promoção de
estratégias educativas e emocionais para
superar barreiras relacionadas ao medo da
dor. Reconhecer benefícios, encontrar prazer
e ter apoio profissional são fundamentais
para manter a rotina de exercícios. A
participação em atividades em grupo é
benéfica para aqueles que valorizam o apoio
social. O impacto do ambiente físico e das
rotinas diárias exige uma análise do
contexto individual.
Referência:
Borges P de A, Koerich MHA da L,
Wengerkievicz KC, Knabben RJ. Barreiras e
facilitadores para adesão à prática de
exercícios por pessoas com dor crônica na
Atenção Primária à Saúde: estudo
qualitativo. Physis. 2023;33:e33019. doi:10.1590/S0103-7331202333019
Alerta
submetido em 27/01/2024 e aceito em
06/02/2024.