Pesquisadores
suecos, por meio da ressonância magnética
funcional (RMF), identificaram maiores
escores de ansiedade autoavaliada associada
ao aumento da ativação cerebral relacionada
a dor em pacientes com fibromialgia (FM).
Além disso, ao realizar um estudo clínico
exploratório com um grupo de 31 pacientes
que possuíam apenas artrite reumatoide (AR),
um grupo de 26 pacientes que possuíam apenas
FM e um grupo de controle composto por
pessoas saudáveis, a análise de imagens da
RMF enquanto os pacientes eram submetidos a
estímulos automatizados de dor por pressão
na unha do polegar esquerdo e na articulação
interfalângica proximal da mão esquerda,
revelou diferenças no processamento cerebral
da dor entre esses pacientes.
Existem
padrões neurológicos distintos e bem
caracterizados no processamento cerebral da
dor diferenciando pacientes com fibromialgia
de pacientes com artrite reumatoide. Em
resposta à estimulação dolorosa, na FM há o
aumento da ativação cerebral no lobo
parietal inferior (ILP), no giro frontal
inferior e nos córtex pré-frontal
ventrolateral e dorsolateral. Enquanto na AR
há o aumento da conectividade funcional
entre o ILP e as redes sensório motora e
frontoparietal.
Assim,
conhecer como a dor é processada e quais
áreas do cérebro são mais ativadas com
estímulos dolorosos na FM e na AR pode
facilitar o diagnóstico e o desenvolvimento
de tratamentos para essas doenças. Porém,
esses resultados não podem ser generalizados
para pacientes do sexo masculino, pois
somente o grupo de AR possuía pessoas desse
sexo.
Referências:
Sandström A, Ellerbrock I, Löfgren M, et al.
Distinct aberrations in cerebral pain
processing differentiating patients with
fibromyalgia from patients with rheumatoid
arthritis. Pain. 2022;163(3):538-547. doi:10.1097/j.pain.0000000000002387
Alerta
submetido em 07/03/2022 e aceito em
21/03/2022.