Um estudo
clínico realizado entre 2015 e 2020, por
pesquisadores da National Institutes of
Helth nos Estados Unidos, mostrou que a
confiabilidade dos resultados de testes de
dor é maior em mulheres que em homens. Este
estudo avaliou a confiabilidade de medidas
de percepção de dor em testes de
sensibilidade e tolerância à dor, e
investigou se o gênero influencia na
confiabilidade dos resultados.
Foram
incluídos no estudo 171 participantes, de
ambos os sexos, que foram submetidos a um
procedimento de adaptação aos estímulos
antes da realização do teste. Para
identificar a sensibilidade e tolerância à
dor produzida por calor, um termodo de
temperatura controlada foi colocado em
diferentes pontos do antebraço, e, por 3
vezes para cada participante, estímulos de
calor foram aplicados. Em seguida, os
participantes forneceram classificações de
intensidade de dor usando uma escala visual
de 0 a 10. De um modo geral, os resultados
indicaram níveis moderados de confiabilidade
nos resultados dos testes. Entretanto, foi
identificado que, em relação ao gênero, os
resultados de tolerância e sensibilidade à
dor relatados pelas mulheres apresentaram
maior confiabilidade por se manterem dentro
de uma linearidade de respostas na
classificação da intensidade da dor em
relação à temperatura.
O estudo
mostrou que os resultados dos testes de dor
com as mulheres apresentaram confiabilidade
significativamente maior. Essa evidência
refuta justificativas comuns à exclusão de
mulheres na pesquisa sobre dor.
Referênciaꓽ
AMIR, Carolyn et al. Test-retest reliability
of an adaptive thermal pain calibration
procedure in healthy volunteers. Jornal of
pain, Washington D.C., ano 1, v. 1, n. 1,
ed. 1, p. 1-10, 18 fev. 2022. DOI 10.1016/j.jpain.2022.01.011.
Alerta
submetido em 10/05/2022 e aceito em
19/05/2022.