Um estudo de
revisão, publicado em 2022 por pesquisadores
portugueses, apontou que as restrições
impostas pela pandemia de COVID-19 afetaram
negativamente a intensidade, tratamento e
gestão da dor, saúde mental, estilo de vida
e qualidade de vida.
Os
pesquisadores analisaram 13 artigos, dando
preferência para estudos com participantes
com idade igual ou superior a 65 anos.
Entretanto, foram incluídos outros estudos
relativos à população adulta. Os resultados
apontaram que houve aumento da intensidade
de dor, da incapacidade, do consumo de
fármacos para o seu tratamento e redução
significativa da utilização de medidas não
farmacológicas. Quanto à gestão da dor
crônica durante a pandemia, ocorreu a
disrupção dos serviços médicos e a
telemedicina se mostrou insuficiente para a
população idosa mais vulnerável, devido à
falta de conhecimento digital. Para os
pacientes, a tristeza, as preocupações com o
futuro, o sentimento de insegurança, o
sedentarismo e a solidão atuaram como
gatilhos da dor.
Além disso,
verificou-se o aumento dos sintomas de
ansiedade e depressão, redução da prática de
atividade física e diminuição significativa
da qualidade de vida. Portanto, a pandemia
de COVID-19 impactou vários domínios da dor
em curto prazo.
Referências:
Pereira JIA, Afonso RM, Reis-Pina P. Impact
of the COVID-19 pandemic on the non-cancer
chronic pain and its management in the
elderly. BrJP. 2022;5(BrJP, 2022 5)). doi:10.5935/2595-0118.20220039-en
Alerta submetido em 05/12/2022 e aceito
em 31/01/2023.