O tipo de
lócus de controle da dor relatado por idosos
não interfere significativamente na
probabilidade de depressão. No entanto,
compreender a dor crônica nessa população
pode contribuir para tratamentos mais
eficazes e melhor qualidade de vida.
Pesquisadores
do Departamento de Fisioterapia do Centro
Universitário de Lavras, em parceria com o
Programa de Pós-graduação em Ciências da
Reabilitação do Centro Universitário Augusto
Motta (RJ), analisaram a relação entre o
lócus de controle da dor, o nível de
dependência e a prevalência de depressão em
idosos. A pesquisa foi conduzida por meio de
um estudo observacional de corte transversal
na Associação dos Aposentados, Pensionistas
e Idosos de Lavras e Região (AAPIL), em
Lavras, Minas Gerais.
A amostra
final foi composta por 91 indivíduos, de
ambos os sexos, com idades entre 60 e 90
anos, sem comprometimento cognitivo,
conforme avaliado pelo Mini Exame do Estado
Mental (MEEM). Além do MEEM, foram aplicados
quatro questionários: um para coleta de
dados sociodemográficos e clínicos; o
Formulário C da Escala Multidimensional de
Lócus de Controle da Saúde; a Escala de
Depressão Geriátrica de Yesavage; e o Índice
de Katz, para avaliação da capacidade
funcional.
A análise dos
dados revelou que a maioria dos idosos
apresentava dor crônica, crenças internas
sobre sua saúde, altos níveis de
independência e ausência de sintomas
depressivos. Embora não tenha sido
identificada correlação significativa entre
o lócus de controle da dor e a depressão,
compreender o perfil psicossocial do
paciente é essencial para decisões clínicas
mais assertivas.
Assim, são
necessárias mais pesquisas que aprofundem o
impacto do lócus de controle da dor na
qualidade de vida dos idosos, contribuindo
para intervenções mais personalizadas e
eficazes.
Referência:
Paixão, Isabela Leite da et al. Tipo de
lócus de controle da dor relacionado ao
nível de dependência e depressão em idosos.
BrJP, v. 7, p. e20240008, 2024.